sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Erva-de-São-Jõao antidepressivo natural

(materia publicada originalmente no Jornal Cahon Ano1, Edição número 2, página 6)

A erva-de-são-joão é um pequeno arbusto com flores amarelas ou esverdeadas nativa da Europa e pode atingir até 1 metro de altura. Nas pastagens, a Erva-de-são-joão é considerada uma erva daninha nociva que pode tornar a área improdutiva. É um dos remédios fitoterápicos mais vendidos no Brasil. O Hipericum Perforatum, nome científico dessa planta, é usado como antidepressivo.
Já na Idade Média, a Erva-de-São-João era utilizada no tratamento de problemas nervosos, devido aos seus alegados poderes mágicos que acreditava-se, repeliam o mal. Caiu em desuso durante o século XIX, mas atualmente é uma das plantas mais indicadas para tratar distúrbios nervosos.
Da planta, aproveitam-se as partes aéreas floridas, que são depois cuidadosamente secas, de forma a preservar os seus componentes. E são muitos: a hipericina, o composto principal, mas também os flavonóides, hiperforina, óleo essencial, taninos, fitosteróis, entre outros. O conjunto de todos estes componentes e respectivas atividades fazem desta planta, pela via interna, uma ótima ajuda nos casos de instabilidade emocional, depressão moderada, ansiedade, distúrbios do sono em idosos e agitação, Externamente, o óleo de hipericum é um bom cicatrizante de feridas queimaduras e contusões, eczemas e outras afecções cutâneas.
Um estudo da prestigiada Charité Universitätsmedizin Berlin, na Alemanha, concluiu que a erva é tão eficaz para combater uma depressão como os antidepressivos habitualmente prescritos. Testes realizados em 301 homens e mulheres revelaram, pela primeira vez, que a planta é eficaz mesmo em casos de depressão grave.
A erva-de-São-João é contrata-indicada na gravidez e a sua utilização é também incompatível com plantas e alguns alimentos como o queijo, que contenham tiraina, uma vez que a associação entre eles pode provocar aumento da pressão arterial. A metabolização da planta pode interferir com a metabolização de alguns medicamentos como os receitados para pacientes portadores de HIV e transplantados, portanto o esclarecimento do técnico de saúde é sempre a melhor opção.
As doses não terapêuticas podem provocar fotossensibilização levando ao aparecimento de vermelhidão da pele e queimaduras. Por este motivo, é conveniente evitar a exposição solar durante o período de utilização e seguir a recomendação das dosagens indicadas.

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